segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Do Sedentarismo à Meia Maratona: Por Eduardo de Carvalho

Por Eduardo de Carvalho - Edex Running

Em dezembro de 2009,tomei uma importante decisão. Era final de ano, e como todo final de ano fazemos promessas de uma nova vida. A missão era difícil: "Neste ano vou voltar a estudar e vou correr uma meia maratona."

Então distribui minha semana :
Nas segundas e quartas de 17:00 as 19:00 o compromisso era com a Faculdade via internet. Nas terças e quintas, era treino para a meia maratona (21 k). Nas sextas era descanso de 17:00 as 19:00 e aula presencial de 19:45 as 22:35.
Aos sábados a jornada começa bem cedo, já que minha esposa e meu filho costumam acordar somente após as 09:00, afinal de contas é sábado, me propus aos treinos no período da manhã. Com tudo isso ainda me sobrou o domingo “livre”.

Com o ritmo dos treinos, defini que nas terças e quintas o treino seria leve a moderado, com trechos de aproximadamente 1:00 hora de percurso o que em média eu correria 10 a 12k, mas no sábado o treino seria intenso, 18k no mínimo.
Em maio de 2010, participei de minha primeira prova. A corrida de Contagem, na minha
cidade. Foi uma experiência indescritível, pois apesar de achar que estava bem preparado para correr os 10K, o lado psicológico pesou e com dificuldades completei a prova com o tempo de 0:53:22.

Corrida de Contagem: a primeira corrida!

Fiquei tão maravilhado, que intensifiquei os treinos e em julho/10, participei da Corrida/Treino da Lua Cheia, organizada pela academia By Japão, em Nova Lima-MG, onde consegui dosar bem a minha ansiedade e completei a prova de 10K, com muitas subidas e descidas com o tempo de 0:50:33, sem muitas dificuldades.

Corrida Treino da Lua Cheia: muitas subidas e descidas

E foi assim que consegui em agosto de 2010, completar a minha primeira prova de meia maratona com um tempo de 01:53:10 e cumprir minha promessa do final do ano passado.
A Meia maratona Internacional de BH, foi uma prova pra nunca mais sair da memória. A superação e a conquista de um objetivo. Neste momento, após a meia maratona de BH, que se realizou em agosto de 2010, ficou o compromisso de intensificar os treinos para correr a Volta da Pampulha em dezembro do mesmo ano.18k com tempo entre 1:20:00 e 01:30:00, o que vai me exigir maior dedicação nos treinos.

1ª Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte: o sedentarismo ficou para trás.

Utilizo uma planilha de treinos, nos mesmos dias dos meses anteriores, mas com carga mais intensa, para cumprir este novo objetivo. Agora é correr pra vencer mais esta desafio. Atualmente tenho conseguido fazer 12,5K em 01:00:00, mas é preciso melhorar.

Em novembro tem a Corrida BH 10K, que vai servir de teste para este treinamento, e em dezembro a tão sonhada Volta Internacional da Pampulha – 18k.
Não posso nunca esquecer de agradecer a minha esposa Lídia, que por vezes teve que cuidar do Filhão Arthur, sem a minha presença, para que eu pudesse treinar e correr as provas intermediárias, e aguendar as minhas reclamações de dores e unhas encravadas.

Agradecer também a todos que sempre duvidaram que eu conseguiria, pois me deram mais incentivo que se estivessem acreditando. Agradecer a Deus, pois me deu a oportunidade de mudar a minha vida, e creio que estou utilizando esta oportunidade.

Um grande abraço a todos que se dispõe a correr pelas ruas, e a vencer seus medos, superando todo dia um novo desafio. Parabéns a todos nós.

Eduardo de Carvalho 20/09/2010.

domingo, 12 de setembro de 2010

Desafio das Matas 12.09.12 Minha Primeira Cross Country


Por Daniel X.

O evento aconteceu no Parque das Mangabeiras- BH, e foi minha primeira corrida Cross Country.


Deixei para fazer a inscrição muito em cima da hora, devido ao tratamento que estava fazendo para o joelho, e acabei ficando de fora. Enviei um pedido de inscrição por  por e-m para a organização, explicando meus motivos, que não deu certo. Mas através do telefone consegui entrar em contato com a organização e consegui fazer minha inscrição com o funcionário Henrique.Já começou com 1 ponto positivo.

Na entrega do kit mais um ponto positivo: um kit bem farto. A novidade pra mim é que a camisa já veio com número de peito estampado.
Como já tinha escolhido a camisa que iria correr, fiz meu próprio número de peito.

Dormi bem na noite anterior e, devido a localização da prova, não tive que acordar tão cedo. Estava tudo correndo bem demais, rs. Usei dois ônibus com pontos bem próximos.
Desci em um ponto que me deixou um pouco distante da largada, uma subida muito ingrime que já serviu de aquecimento.

Cheguei bem cedo, deu tempo de alongar, passar filtro solar e repelente por conta da casa, rsss (patrocinadores e parceiros do evento). Outro ponto positivo! O guarda volume foi bem organizado e a demanda pequena.


Logo na largada o percurso já pega um morro estreito indo direto  meio do mato.
Cometi uma falha antes da largada, não fiz boa amarração no tênis direito, que fez diferença durante o percurso.
Detalhe: mais uma corrida sem ter a mínima noção do percurso, que já virou minha marca registrada.

Após 3 km, bem no alto do parque, podia-se deslumbrar a natureza pura do lado esquerdo. E no lado direito uma "bela" vista do ninho das baratas humanas e sua faixa de poluição no céu.

Subidas e descidas muito ingrimes alternado com estrada de terra, calçamento e escadas com terreno irregular e cheio de buracos. Vi vários atletas lesionados. Assim como eu, muitos (a maioria) usou tênis próprios para corridas de rua, que não são apropriados para corridas Cross Country.
 

O ar puro foi outro grande ponto positivo, diferente do que estou acostumado na "perfumada" Lagoa da Pampulha.

Em um a grande descida me deparei c uma surpresa, uma favela dentro do parque.

Os 4 últimos km guardaram muita subidas com inclinação forte, e mesmo limitado deixei muita gente para trás. Não precisei caminhar.

Terminei a prova sem sentir dores fortes. Os nomes dos atletas eram citados no alto falante quando cruzavam a linha de chegada.
Durante todo percurso fiquei com a música "Who Build the Road" de Mark Lanegan & Isobel Campbell, na minha cabeça...
Gelo no joelho!

Ponto negativíssimo: entrega de medalhas desorganizada, gerando confusão e desentendimento.
Mesmo assim foi uma grande aventura, que valeu a pena a insistência para ser inscrito!!
Enquanto ia embora refleti o quanto me tornei mais feliz depois que comecei  a correr.