sábado, 29 de junho de 2013

Que Fim Levou o Segundo Campeonato Mineiro de Corridas de Rua?


Por Daniel X.

O primeiro campeonato de Mineiro de Corridas de Rua, aconteceu no ano de 2011. Na época, o evento se tornou uma sensação entre os corredores mineiros.

Fui convidado para fotografar a solenidade de premiação (AQUI), que aconteceu em 16.12.11, e contou com grandes nomes do atletismo brasileiro, como João da Mata, Ronaldo da Costa, Wander do Prado, Adriano Maron, entre outros.
  
Com: Wallace Tardim, João da Mata, e Ronaldo da Costa

O evento gerou muita comoção entre os corredores, pois, contou com depoimentos emocionantes de atletas que, buscaram na modalidade, uma forma de superar seus problemas de saúde. Além de que, muitos vieram a conhecer pessoalmente seus ídolos nas corridas de rua.

Mas logo na premiação dos atletas, a organização já apresentou algumas falhas. Maurício Sá, atleta deficiente auditivo, não teve seu nome incluído na categoria Portadores de Necessidades Especiais, vindo a ser premiado na categoria veterano, que não era da qual o mesmo fazia parte.
Maurício Sá, campeão na categoria PNE, mas  premiado na categoria veterano.

A contagem da pontuação chegou a gerar desentendimentos, uma vez que, alguns atletas se sentiram prejudicados devido à uma suposta falha na cronometragem, que teria ocorrido na Corrida João César.

Segundo as palavras do próprio técnico Maron, "um sistema quase indecifrável de pontuação", que só foi possível  graças à ajuda voluntária de uma das participantes do campeonato.

 Premiação do 1º Campeonato Mineiro de Corridas de Rua (2011)


Como foi o primeiro ano, esperava-se que estes problemas não viessem a acontecer novamente. E a edição de 2012 parecia ser uma grande promessa, com um regulamento prevendo uma premiação incentivadora, que cheguei até a anunciar o evento AQUI no blog.
Premiação:
"R$ 25.000,00 em dinheiro (distribuídos aos vencedores); -
 Medalhas especiais nas Faixas Etárias;
- Certificado de participação e classificação a todos os inscritos e participantes das provas;
- 10 (dez) vagas na elite da Volta Internacional da Pampulha em 2012;
- 03 (três) vagas na elite da Corrida de São Silvestre (SP) de 2012;
- Troféu para as melhores equipes do CMCR;
- Troféu aos melhores treinadores de Corrida de Rua de Minas Gerais;
- Direito de uso do distintivo “Corredor de Ouro” a melhor equipe do CMCR."

Até a data de 23/03/2012, a FMA havia arrecadado 8.500,00 em inscrições, conforme foi divulgado no site da federação através de uma prestação de contas.
Confira a prestação de contas datada de 23/03/2012:

Das doze provas que fizeram parte do campeonato, vim a participar de algumas (mas não como inscrito no CMCR):
Corrida do Carteiro
Corrida Itaú Power Shopping
Meia Maratona da Linha Verde
Corrida João César de Oliveira
Corrida de Aniversário da PMMG
Circuito Bradesco de Corrida e Caminhada da Longevidade
Da Rua para a Pista
Volta Internacional da Pampulha

Não tive muito interesse de acompanhar o campeonato, mas vi que as queixas dos atletas quanto ao sistema de ranking continuou.

Já em janeiro de 2013, o Sr Wallace Tardim, Diretor da Federação Mineira de Atletismo, postou no site da FMA o seguinte comunicado:
"O presidente da FMA Sr. Nilson Moura de Oliveira, fez a retirada do financeiro arrecadado com as inscrições com o objetivo de quitar dívidas da FMA, alegando que na época de premiar os atletas o mesmo faria a reposição do financeiro"(...)"Este coordenador do CMCR fez vários contatos com o presidente ao longo dos meses de janeiro até a presente data e o mesmo não respondeu e nem sequer mandou qualquer informação sobre a situação"(...)"No mês de fevereiro ficamos sabendo que o presidente havia viajado para os Estados Unidos em visita a sua filha e só voltaria na segunda quinzena do mês de março de 2013"
Tardim também informou que, teria encomendado premiação de troféus e medalhas para a premiação dos atletas, da qual teve que tirar do próprio bolso, vindo  fazer um empréstimo financeiro para pagar tais despesas.

Esta atitude com os participantes por parte do presidente da federação, vai contra o próprio regulamento do campeonato, que cita em seus artigos:
(...)"Art. 2º - Utilizar a prática desportiva, como instrumento de formação da personalidade, caráter, cidadania, respeito aos direitos humanos, inclusão social e democratização do esporte.. 
Art. 3º - Divulgar, incentivar e conscientizar sobre a importância da prática da atividade física, através da corrida e caminhada de rua, além de oportunizar o surgimento de novos talentos no pedestrianismo no Estado de Minas Gerais.
 Art. 4º - A Coordenação do CMCR ficará a cargo da Federação Mineira de Atletismo, pela Diretoria de corrida de rua que terá a competência de: I - cumprir e fazer cumprir este Regulamento;(...)
Sempre incentivei a solicitação de nota fiscal nas corridas de rua, justamente para servir de ferramenta na hora de reivindicar seus direitos neste tipo de situação. Mas no caso da FMA, a mesma é isenta de emissão de notas fiscais, uma vez que, se trata de um entidade sem fins lucrativos.
Declaração de Imunidade Tributária da FMA:

E agora? Quem irá arcar com o prejuízo? Os atletas que participaram do evento, terão o mesmo destino que os atletas que embarcaram na Hero Cross (AQUI)?

Conforme postado no site da FMA, em 2013 o CMCR acontecerá somente no segundo semestre, contando apenas com seis provas, ou seja, metade dos eventos de 2012. Mas depois desse episódio, duvido muito que algum corredor queira embarcar nessa jornada incerta.

Qual será o final dessa história? Será que o CMCR sobreviverá depois deste lamentável episódio?

Fontes: Federação Mineira de Atletismo – FMA: Declaração de Imunidade Tributária, REGULAMENTO CMCR 2012, COMUNICADO Nº 01/2013 CAMPEONATO MINEIRO DE CORRIDA DE RUA – 2012.

domingo, 23 de junho de 2013

Organizar Corridas É Fácil, Você É Que Não está sabendo fazer Direito...


Por Daniel X.

 "Se você é do tipo de pessoa que se ofende fácil ou não sabe argumentar, melhor visitar OUTRO SITE"...

Organizadores insistem em dizer (ou mandar alguém dizer) que, organizar corridas não é fácil.
Recentemente um leitor do blog me mandou a seguinte mensagem: “É engraçado que vejo muita gente reclamando das corridas (não apenas você, como outros "blogueiros"), mas solução para melhorar nunca são dadas.Se é tão fácil organizar uma corrida, proponho um desafio: organize uma corrida de rua!”
Acho que este leitor está confundindo os papéis. Neste mercado, eu sou o cliente e, por  mais difícil que seja para um organizador realizar um evento, não justifica que o cliente venha a sofrer com essa dificuldade.

Números mostram aquilo que já estamos cansados  de saber: que cada vez mais eventos aparecem,  que por sua vez, atraem cada vez mais adeptos.
Segundo matéria publicada na revista ISTO É –DINHEIRO, em julho de 2011, Maratonas e circuitos de rua movimentam R$ 3 bilhões ao ano.
Em matéria na Contra O Relógio, André Savazoni,  fez uma breve, mas eficiente matéria sobre a "Inflação" nas corridas, citando alguns reajustes: "(...) a principal e mais falada corrida brasileira. No ano passado, começou em R$ 90...Este ano? R$ 120. Uma “inflação” de quase 34%. As quatro etapas da Golden Four Asics, de R$ 90 para R$ 100, ou seja, mais de 11% (...)

Gráfico referente ao crescimento no número de provas de corridas de rua nos últimos anos: 

 Gráfico referente ao crescimento do número de praticantes de corridas de rua:

Gráfico com valor médio cobrado nas inscrições de corridas de rua:
*Dados extraídos dos sites das principais provas de corrida de rua da cidade São Paulo.

Mas, e quanto a satisfação do cliente? Existem gráficos? Há este tipo de preocupação por parte de organizadores? Não parece. Pelo menos é a impressão que tenho, quando ouço de determinado organizador a seguinte frase:  "se 1,5% tá contestando, já tenho 98,5% fazendo sua inscrição"...

Dos eventos que você já participou, quantos tinham uma pesquisa de satisfação do cliente?
Recebemos toda semana aquelas “criativas” mensagens:  evento sei lá qual, não perca, ÚLTIMAS VAGAS....
Mas, qual, QUAL corredor recebeu um e-m de parabenização no dia 15 de setembro?
Quem sou eu para ensinar organizador a realizar evento! Só conheço o lado de cá:
FAZER INSCRIÇÃO >  PAGAR > RETIRAR KIT >  CORRER > MEDALHA > CASA...

Mas quando um organizador me envia uma mensagem, querendo saber o que achei de seu evento e, o que deveria ser melhorado para o próximo, tenho a sensação que ali existe uma equipe que, vê o Esporte como algo a mais que puro Business. E acredite, isso aconteceu...

Nem tudo está perdido...
No começo do mês, fui convidado juntamente com outros corredores, para participar e ver de perto, todas as dificuldades que os organizadores enfrentam na realização de um evento. A reunião foi feita pela organização da Run For Parkinson, que agora está expandindo a estrutura do evento, e fez uma reunião com autoridades do esporte, cultura, e CORREDORES!
A princípio a organização ficará a cargo do Iron Man, Schubert Abreu, dono de um circuito bem sucedido de duathlon, o Circuito Trilogia. Gostei da escolha da organização, pois já treinei com Schubert e, conheço seu compromisso com este negócio, que é a Corrida de Rua.

Quando Schubert começou citar certos termos, fiquei assustado: "licitação disso, alvará daquilo, patrocinador  tal, cada corredor custa tanto ao evento, um evento de pequeno porte custa tanto..."
Sem citar que, todos os tramites e etapas burocráticas gastos na realização de um evento, levam meses.
Para um leigo como eu: Missão Impossível! Para quem é do mundo do business, como Schubert, "apenas" mais um trabalho.

Mas onde entro nessa história? Juntamente com outros corredores, fui convidado para expôr a minha opinião sobre "o que seria uma corrida de rua perfeita?". Embora eu tenha sido o único corredor que veio a comparecer, acho que minha opinião reflete muito do que grande parte dos corredores querem:
"Eu quero o básico. Respeito e segurança. Não pode, em hipótese alguma, faltar hidratação nem atendimento médico. Um preço acessível, mas sem deixar cair a qualidade do evento. Com relação à edição anterior poderiam adicionar: medalha ao invés de broche; camisa de poliamida; retirada de kit em lugar de fácil acesso (também no dia/local da prova); percurso plano (pois conta com caminhada voltada a também a portadores de parkinson); mas fora da Pampulha; percurso só de ida e vinda, e não de 2 voltas, pois fica repetitivo (2,5 km ida; 2,5 vinda); largada da caminhada depois da largada da corrida; e uma coisa que falta a muitos eventos: premiação por faixa etária (sem dinheiro)."
 Durante a reunião, foi citada também aquela justificativa que está na moda entre os organizadores na hora de afirmar as dificuldades em realizar um evento: “mas tenho que contar com os ‘pipocas’, no orçamento”... tem que gastar com o “pipoca”? E o que eu tenho com isso?
Sabe porque gastam tanto com pipocas? Porque montam uma estrutura que permite que os mesmos usufruam do evento.
Acredito que não se pode impedir o direito de ir e vir do cidadão. Mas isso se restringe à rua.  
Na minha penúltima corrida, staffs estavam atentos para aqueles que não estavam com chip/número de peito da prova. Tanto que tentaram me impedir de pegar a medalha, pois não notaram que por ter corrido descalço, meu chip estava no calcanhar.
Falta este tipo de controle na maioria das corridas que já participei. Um evento que era bem organizado e não acontece mais em BH, é o C. Athenas, onde até seu número de peito era marcado após a retirada de medalhas.

Não sei o quanto minhas sugestões óbvias vão acrescentar ao evento. Só sei que foi a primeira vez vi um organizador de corrida mostrar este tipo de preocupação com a opinião do corredor/cliente.
Embora a Run For Parkinson não seja um evento com fins lucrativos, e sim, uma campanha de divulgação/conscientização da doença, a organização já tem a ferramenta essencial para o sucesso em qualquer negócio: SABER OUVIR O CLIENTE.

Organizar corridas não é fácil, e acho que nenhum corredor tem dúvidas quanto a isso. Mas se você topou entrar neste negócio, então assuma a empreitada com competência  e compromisso com seus clientes.
Corrida é business e corredores tem que aprender a aceitar isto. Mas é um "business" que tem que ser encarado como tal,  pelos dois lados. Tanto pelo atleta/cliente, quanto do organizador/prestador de serviços.
Não pagou? Não usufrui de nada referente ao evento. Pagou e se sentiu prejudicado? Corra atrás dos seus direitos. Este é um dos pontos mais importantes em se exigir nota fiscal, pois, em futuras entradas no PROCON, Juizado de Pequenas Causas, Delegacia do Consumidor, este documento vai ser uma ferramenta muito importante. Será que os "heroes cross brazucas"(AQUI!) estão com a NF em mãos para reivindicar por um produto que pagaram mas não usufruíram?(Além de outros benefícios que a NF pode trazer e que talvez você não saiba...). E lembre-se, a não emissão de nota fiscal constitui crime tributário, com previsão de pena de reclusão de dois a cinco anos e multa, além de ferir o Código de Defesa do Consumidor, e cabe denúncia à Fiscalização da Receita Estadual (AQUI).
Imagens:Google
Saber ouvir

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Os Efeitos Colaterais da Copa já Chegaram às Corridas de Rua - Parte 2: Manifestos...


Por Daniel X.

Efeitos Colaterais...
Em novembro de 2012, fiz uma postagem aqui no blog(AQUI), sobre os efeitos colaterais que a copa do mundo já trazia ao mundo das corridas, uma vez que, o tradicional local de largada da Volta Internacional da Pampulha, havia sido alterado para frente do estádio Mineirão.
A alteração do percurso se deu SIMPLESMENTE para fazer um marketing da Copa, usando o estádio Mineirão como  pano de fundo na Volta Internacional da Pampulha.
Vi muitas reclamações depois da prova, já que os corredores tiveram que encarar uma subida bem íngreme, de quase 1 km bem no final do percurso...em prol da Copa.
#ThefinalsprintPIRAMBEIRA...
Agora estamos vendo mais efeitos colaterais da copa nas corridas de rua, pois, as provas que teríamos no período da Copa das Confederações, foram adiadas ou canceladas. Na Pampulha, por exemplo, aconteceria um evento no dia 09/06, que foi adiado para 25/08.

No meu caso, o prejuízo foi a Run4Life- 1° etapa, que seria realizada em Lagoa Santa/MG em23/06, mas foi adiada. Este evento seria importante, pois, já tinha programado para fazer um teste na evolução de um tratamento de saúde do qual estou submetido. Escolhi a prova devido a seu percurso plano, distância, por ser às margens da lagoa (que não fede como a da pampulha), por já ter participado de outra edição e ter aprovado a organização. Mas graças a Copa das Confederações (imagina quando for a Copa do Mundo), fiquei sem um evento que seria importante na minha avaliação.
Já os organizadores, não vão querer sair no prejuízo, é claro, e vão querer realizar seus eventos em outra data. E com o adiamento de algumas provas, é bem provável que o calendário de corridas sofra alterações, com corridas coincidindo na mesma data.

Mas já era de se esperar, pois aqui é o "país do futebola", e outros esportes são apenas coadjuvantes.

Manifestos...
Não tenho acompanhado muito os manifestos que vem acontecendo no país, apenas dando uma vasculhada na internet de vez em quando, já que não assisto TV já há alguns anos (com exceção dos Simpsons, é claro).
Li uma matéria, onde a CNN Americana divulgou que, "O que REALMENTE está por trás das manifestações no Brasil(...) vão além do aumento de R$ 0,20 na tarifa dos transportes públicos.O Brasil está experimentando atualmente um colapso generalizado em sua infraestrutura"..., e cita vários de nossos problemas, como saúde, educação, portos, aeroportos, transporte público, etc.,etc.etc...
Tem sido muito falado também outras questões como  PEC 37, inflação, "cura gay". Já vi até cartazes revindicando o fim da Polícia Militar (???????????????????!).
Mas sob meu ponto de vista, o estopim mesmo para toda essa grande revolta, foi o fato de que, o povo FINALMENTE entendeu que a Copa do Mundo, não é para o povo. Isso mesmo. Como é que um assalariado vai comparecer a um evento em que, o valor dos ingressos podem chegar ao equivalente a um salário mínimo?
Afinal, aumento de passagem (e de tudo mais) sempre existiram, mas nunca houve uma manifestação deste porte.

Por outro lado, foi em uma hora bem oportuna, já que a mídia mundial está de olho no país, devido ao futebola. E quem sabe dessa vez, o povo dá um passo real para frente. Mas se ficar só no barulho, não vai significar nada mais que um novo título nos capítulos dos livros de história do 1º Grau: "O Dia em que o Brasil Acordou"ACORDOU? E?...corruptos reeleitos...e...
Um dia o Brasil "acordou", foi para as ruas, e tirou Collor da presidência...

...depois o Brasil voltou a dormir profundamente (assista à uma divertida entrevista com o Senador, AQUI!)

 Há alguns dias, fui ao cinema assistir "O Grande Gatsby" e, antes do filme, foi exibido um comercial, onde é tocado uma música do ex da Deborah Secco (sei lá o nome daquele cara), em que, a letra parece fazer parte de uma campanha, para que o povo se conforme que, a copa não é para o povo:
"Pode vir que a festa é sua"(...)"Vem pra rua porque a rua é a maior arquibancada do Brasil". Ou seja, VOCÊ, POBRE, vai assistir a copa é nas ruas, porque os estádios que foram construídos com SEU dinheiro, serão para uso da ELITE BRASILEIRA e estrangeiros...
E você aí, pobre, trabalhando como voluntário para a Copa da Elite Brasileira...

O Nosso manifesto...
Nós, corredores de BH, já fazíamos nossos manifestos(AQUI) a muito tempo. Por mais respeito ao corredor/cliente. Mas não tivemos apoio dos próprios corredores. Houve uma ocasião em que, dois "atletas" que haviam acabado de participar de um evento do qual estávamos manifestando, chegaram a ameaçar um dos manifestantes. Ameaçaram uma pessoa que estava reivindicando melhorias nos eventos dos quais eles mesmos participavam (talvez para puxar saco de organizador e ganhar uma cortesia como esmola...). Com o tempo percebemos que, o melhor protesto era não pisar mais em eventos mal organizados, e que, cada corredor tem o organizador que merece...
Debaixo de sol, debaixo de chuva. Nós já estávamos lá...
  
  
  
   
 
  
 
E você, corredor, está aprovado no padrão Fifa de qualidade?

Vizinhos de estádio 'padrão Fifa' convivem com 'padrão periferia' em Fortaleza
Tribunal de Contas de MG vê gastos abusivos no Mineirão e abre processos contra o Estado
Copa Transparente - Site
Copa-2014: em seis anos, gastos com estádios já aumentaram mais de 200%
Dinheiro público responde por 89% dos R$ 6,7 bi gastos com estádios da Copa até agora
Liminar do TJMG restringe protestos durante Copa das Confederações
Imagens:Google

domingo, 16 de junho de 2013

19ª Corrida de Pentecostes 16.06.13 Barefoot #4


Por Daniel X.

Hoje aconteceu mais uma edição da Corrida de Pentecostes, na cidade de Divinópolis/MG. O valor de inscrição foi de 30 reais. Diferente dos anos anteriores, o evento contou com inscrição on line, que seria um grande ponto positivo, pois a prova conta com atletas de várias cidades do estado. Porém, na hora de efetuar o pagamento na loja virtual na qual era realizada a inscrição, uma surpresa: foi adicionado a taxa de 10 REAIS PARA INSCRIÇÃO ON LINE!!! Na verdade, fiz a primeira solicitação quando a inscrição ainda era 30 reais, porém, quando efetuei o pagamento, o valor da inscrição já era 40 reais (depois do dia 08 de junho). E só notei este detalhe depois que a amiga, Janaína Mendonça, me chamou atenção quanto as datas previstas no regulamento.

A retirada de kit foi realizada no sábado e no dia da prova. A camisa foi de tecido tecnológico, com cores diferentes para os percursos de 5 e 10 km.

Já conheço bastante o percurso, pois é o quarto ano consecutivo que participo do evento. Além do Circuito ABC,que conta com o mesmo trajeto. Porém foi a primeira vez que o percorri descalço. O percurso é composto de 100% de aclives e declives, e como barefoot minha maior dificuldade foi nas descidas.

Apesar de estarem presentes para controlar o trânsito, PMMG, SETTRANS, e Tiro de Guerra, corredores
tiveram que disputar as pistas com carros. Por volta do terceiro quilômetro, um ônibus de transporte
municipal pressionava eu e outros atletas, há poucos metros atrás de nós, sendo necessário que eu
solicitasse a presença de um agente de trânsito, que veio a chamar atenção do motorista.

Após a linha de chegada foi oferecido água, banana, maçã, mexerica, e medalha de finisher. Apesar da quantidade de subidas e descidas, não tive nenhuma bolha na sola dos pés desta vez. Apenas dor no calcanhar direito.

Quem correu 10 km contou que a hidratação já havia acabado durante a segunda volta. Não havia água após a linha de chegada também, apenas depois da área de retirada de medalhas. Os último atletas também não receberam mexerica e banana.
  

Não presenciei nenhuma intercorrência médica, mas o evento estava bem preparado, pois, além da presença do Corpo de Bombeiros, havia também uma equipe da Unimed acompanhando os atletas.
Eu e meu grande amigo, Alex Louceiro, que fazia parte da equipe da UNIMED.

Pelo quarto ano consecutivo vim a Divinópolis participar da Corrida de Pentecostes, embora em 2012 tivesse dito que não participaria mais da prova, pois a qualidade do evento vinha caindo a cada ano. Mas devido às corridas que ocorreram em BH hoje, a Pentecostes/Divinópolis acabou sendo a melhor opção.
Daniel X. e equipe Wander do Prado Runners: Fred Arthuso, Wander do Prado e Janaína Mendonça, 

Devido à falta de hidratação, frutas,e trânsito, em 2013 posso dizer que a qualidade da corrida caiu mais ainda. Mas como o evento é realizado pela prefeitura da cidade, talvez as falhas ocorridas sejam reflexo da atual crise que vem acontecendo na prefeitura. Tanto que, no dia anterior à corrida, houve uma passeata na cidade(AQUI) exigindo o “impeachment”  do prefeito. O manifesto que já dura meses, devido à insatisfação da população com o atual prefeito, já colheu mais de 13 mil assinaturas.

Barefoot # 4:  Relógio de sol da Praça Candidés

Em 2014 a prova chegará na sua vigésima edição, mas não garanto que participarei...
Nota: 6.5

Resultado: AQUI!