Run For Parkinson é um evento mundial, que é realizado no mês em que é lembrado o Dia Mundial de Atenção à Doença de Parkinson (11 de abril).
Tenho mostrado preferência por eventos que realmente estão relacionados a uma causa ao invés de eventos meramente comerciais. Mas não adianta apenas usar determinada temática social como marketing e não ter nenhum envolvimento com essa causa. No Brasil temos muitas corridas que usam temáticas ecológicas e sociais, mas quais realmente estão comprometidas com essas causas?
Coincidentemente, havia lido uma matéria sobre isso no site Papo de Esteira, exatamente no Dia Mundial de Atenção à Doença de Parkinson , através da matéria Correr por uma causa, por Vivian Dombrowski. Cheguei a compartilhar a matéria na Page Fan do blog.
No caso da Run for Parkinson, a verba arrecadada será destinada à ASPARMIG - Associação de Parkinsonianos de Minas Gerais, conforme informado pela Janette de Melo, que é coordenadora do evento no Brasil.
Janette de Melo é responsável pela organização do evento em parceria com o SESC.
A prova aconteceu na pista de cooper em frente ao Shopping Boulevard, bairro Sta Efigênia.
Me inscrevi na categoria caminhada (2,5 km), devido a um quadro de facite plantar que já dura meses, e que devido a problemas de cunho pessoal e profissional, não tenho tido tempo o suficiente para tratar.
Minutos antes da largada, me lembrei de uma conversa com o Leonardo, que é adepto da modalidade Barefoot (pé descalços) e tem um ótimo BLOG a respeito do tema. Naquela ocasião ele havia me contado que sentia muitas dores na região dos calcanhares e canela quando corria de tênis. Uma das diferenças entre correr descalço e de tênis é que, descalço o atleta pisa inicialmente com a parte da frente do pé, e de tênis pisa primeiro o calcanhar, sobrecarregando essa área, que é justamente a parte afetada pela fascite plantar.
Sendo assim, resolvi de última hora, tirar o tênis e fazer os 5 km descalço, mesmo que no trotinho. Meu amigo Vanderlei me acompanhou durante o trajeto.
É claro que correr descalço exige treinamento específico e que deve ser feito gradativamente. Mas a emoção de estar de volta às pistas me levou a fazer minha primeira experiência como barefoot já nos 5 km.
Enquanto escrevia esta matéria tomei conhecimento que o dia 06 de maio é o Dia o dia Internacional da Corrida Descalça (saiba mais AQUI). Pretendo continuar nessa modalidade, mas com as orientações e treinos adequados, é claro.
Durante o percurso percebi a presença de várias pessoas portadoras da Doença de Parkinson que, estavam participando do evento. Essas amostras de superação que vejo nas corridas sempre me inspiram na hora de superar meus próprios problemas.
Não tenho experiência nenhuma para dar dicas com relação a correr descalço. Mas no que diz respeito a parte de infectologia, posso deixar uma dica: atualizar seu cartão de vacinas (saiba mais AQUI). Devido a lesões e microlesões adquiridas ao correr descalço, doenças como tétano e alguns tipos de hepatite podem ser adquiridas. Fazer uma boa assepsia nos pés após correr também pode prevenir contra contaminação por outros microrganismos, ainda mais nessa época chuvosa.
A taxa de inscrição foi de 20 reais, e a prova não deixou nada a desejar com relação a eventos caríssimos que acontecem na cidade. Houve hidratação e número de banheiros suficientes para a quantidade de participantes, posto médico, tenda de massagem, sorteio de brindes, frutas e biscoito após a linha de chegada. O evento não ofereceu medalha de finisher, e sim, um broche alusivo à prova. A única coisa que ficou faltando foi um guarda volumes.
Gostei muito da organização do evento. Me senti bem em participar de uma corrida em que a verba será voltada à uma boa causa. Pude rever os amigos Ernesto, Vanderlei, Eunice, Janaína e Fred.
Essa corrida ficou marcada como meu retorno às pistas e, como uma mudança de vida onde tudo que não serve será deixado para trás.
Nota: 9,5
Resultado do meu barefoot improvisado...
Pelo menos em 2013 quero participar de alguns eventos. E também no primeiro semestre de 2014, pois quem acompanha o blog, sabe que minha primeira corrida foi a Meia Maratona Linha Verde, em 2009. Foi lá que tudo começou, e é lá que quero que tudo acabe. Mas isso já é outra história...
Saiba quais medicações para o tratamento da Doença de Parkinson fazem parte da Farmácia Popular!
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Cara,
ResponderExcluirFiquei feliz e triste ao mesmo tempo.
Feliz por sua estreia descalço e ao correr por uma causa (o post da Vivian também me tocou e até já escolhi a causa pela qual pretendo correr).
Triste pela sua doença.
Não sou médico ou nada parecido. Mas o Dr. José Carlos Souto é. E ele tem uma visão bem diferente das coisas. Sugiro que leia os posts do blog dele em http://lowcarb-paleo.blogspot.com.br/. Sinceramente acho que *pode* haver uma solução para seu problema.
Depois acesse o site da Dr. Terry Wahls. Ela tem uma doença degenerativa http://www.terrywahls.com/ e melhorou bastante com uma abordagem parecida com a do Dr. José Carlos. Tem uma TED Talk com ela no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=KLjgBLwH3Wc
Obrigado, Adolfo. O que está acontecendo comigo faz parte da vida. E como profissional da área de saúde já presenciei inúmeros fatos parecidos e piores. O que tenho que fazer é seguir em frente.
ResponderExcluirQto às corridas envolvidas com causas, já participei de várias e postei aqui no blog. Não exatamente como a Run For Charity” que a Vivian citou.
Ainda não temos essa cultura aqui no braziu, mas espero que não passem a usar a doença apenas como marketing para promover eventos.
Algumas corridas que participei que faziam doações ou envolvidas com uma causa:
http://reviewrun.blogspot.com.br/2012/12/19-corrida-para-pcd-011212.html
http://reviewrun.blogspot.com.br/2012/10/9-corrida-da-assembleia-legislativa.html
http://reviewrun.blogspot.com.br/2012/10/corrida-pela-vida-poa.html
Caro Daniel,
ResponderExcluirPoucos oportunidades tive de conhecer o mundo das corridas e corredores. Sua história me chama a atenção, porque do lado de cá, de quem está com parkinson e quer fazer com que a sociedade conheça sobre a doença e se sensibilize com os seus doentes, o desafio é enorme, porque ninguém quer falar sobre dor, sobre doença, limitações e incapacidade.
Tenho um "tremendo" problema com as parcerias que querem a vitrine e embora precisemos desse suporte, luto por infiltrar em tudo que realizamos e orientamos o nosso principal objetivo. Gostei imensamente de te conhecer e pretendo na realização do próximo Run4parkinson contar com seu apoio e conhecimento , para juntos nos mobilizar, sem perder o caminho que nos dispomos a trilhar.
Janette de Melo Franco
Coordenadora do Run for Parkinson's no Brasil
Janette, pode contar com meu apoio!
ExcluirSó você mesmo pra decidir, na ultima hora, correr descalço!!! Eu sinto dores na canela quando corro, pensei que fosse normal.
ResponderExcluirAchei muito bom saber de mais esse evento que visa fazer o bem maior e o esclarecimento.
E como o colega Adolfo fico feliz e triste, feliz porque temos novamente suas matérias e o blog e triste pela sua condição. Espero que demore a sua "parada" nas corridas, sei que você realmente gosta disso.
Obrigado! mas é isso mesmo, sempre fui bom nos improvisos. Como disse o Talentoso Ripley, "sou um improvisador talentoso". Tirando uns cacos de vidro e bolhas de sangue, tudo correu bem.
ResponderExcluirQto a minha "parada" nas corridas, espero que demore mesmo.